Empresas estão gastando milhões em “soluções mágicas” – mas a dura realidade é que ninguém ainda domina sequer o processo manual. Descubra por que a corrida pela automação pode ser um tiro no pé.
A corrida pela “automação do Pilar 2” está em alta. Empresas buscam ferramentas mágicas que prometem cálculos perfeitos e relatórios prontos, enquanto fornecedores vendem softwares como respostas definitivas para todos os desafios da nova regulação global.

Mas há um problema fundamental: estamos tentando automatizar algo que ninguém dominou manualmente ainda.
O paradoxo da automação prematura
Nenhuma empresa completou um ciclo completo de conformidade com o Pilar 2. Ainda não entendemos todos os cenários complexos, exceções e desafios práticos que surgirão. Mesmo assim, já estamos construindo automações para um processo que mal conhecemos.
Considere o que uma automação real do Pilar 2 exigiria:
✔ Consolidação de dados de múltiplos ERPs e sistemas (veja o “PwC Pillar Two Data Input Catalog” e seu extenso mapa de requisitos).
✔ Processos robustos de ETL (Extract, Transform, Load) para limpar e padronizar informações.
✔ Cálculos fiscais intrincados, incluindo alocações, reconciliações e tratamento de diferenças contábeis vs. fiscais.
✔ Adaptação a nuances locais, já que cada jurisdição pode ter interpretações diferentes das regras globais.
Por que as “soluções” atuais não entregam o prometido
Muitas ferramentas atuais falham em questões básicas:
🔴 Não sabem de onde extrair os dados – e quando conseguem, a qualidade é questionável.
🔴 Exigem intervenção manual constante, tornando a “automação” apenas um painel bonito sobre um processo ainda manual.
🔴 Ignoram a complexidade real, focando em cálculos simplificados enquanto os verdadeiros desafios (dados inconsistentes, estruturas corporativas complexas) permanecem intocados.
O Pilar 2 não é um problema de cálculo – é um problema de dados.
E dados ruins + automação = resultados perigosos.
O que realmente importa agora? Processo, não software
Uma solução eficaz para o Pilar 2 não é um programa de computador, mas:
✅ Know-how profundo da regulação e suas armadilhas.
✅ Capacidade de estruturar processos confiáveis de coleta e validação de dados.
✅ Experiência em projetos complexos de conformidade fiscal, não apenas em tecnologia.
A automação verdadeira virá, mas hoje, o foco deve estar nos fundamentos:
✔ Mapeamento detalhado dos dados necessários (onde estão? como consolidá-los?).
✔ Criação de fluxos de trabalho robustos antes de buscar ferramentas “milagrosas”.
✔ Parceria com especialistas que já enfrentaram desafios semelhantes em outros projetos globais.

Conclusão: Automação sim, mas no tempo certo
Não estamos dizendo que a tecnologia é inútil – mas ela não substitui expertise. Empresas que pulam direto para a automação, sem resolver questões básicas de dados e processos, arriscam conformidade frágil e erros caros.
E você? Já experimentou alguma “solução de Pilar 2”? Cumpriu as promessas ou virou apenas mais uma camada de complexidade?
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